Segundo depoimento de um dos contadores do grupo italiano, Gianfranco Bocchi, preso no final de dezembro - junto com o ex-diretor financeiro Fausto Tonna, a Parmalat enviou um " monte de dinheiro " ao Brasil.
A informação foi dada pelo jornal La Repubblica, que publicou trechos do interrogatório de Bocchi, que depôs no dia 14. " Não posso garantir, mas tenho uma pista. Se fosse vocês, procuraria em duas empresas: a Carital Brasil e a Winshaw. Não sei muito, mas com certeza era lá que acabava um monte de dinheiro " , teria dito o ex-contador.
Segundo o jornal, Bocchi afirmou que a Carital era usada para atividades sem importância, mas que, a certa altura, que ele não soube precisar, começou a receber grande quantidade de dinheiro. A Carital Brasil pertenceu à Parmalat até 1999. Depois disso, a empresa continuou representando os interesses da empresa italiana na área esportiva e comprou várias empresas da própria Parmalat do Brasil.
No futebol brasileiro, a Carital tinha contratos de co-gestão com o Palmeiras e com o Juventude, além de ter assumido o controle do Etti-Jundiaí e patrocinado o Santa Cruz.
Fonte: Valor Online