O papa Francisco aceitou nesta terça-feira (24) a renúncia do bispo de Sosnowiec, Polônia, Grzegorz Kaszak, depois de um escândalo sexual que chacoalhou a diocese.
A saída do prelado ocorre um mês depois da divulgação da notícia de que um padre organizou uma orgia gay em casa, episódio que entrou na mira da Justiça após um dos participantes ter desmaiado por tomar várias pílulas contra disfunção erétil.
O sacerdote pivô do escândalo, Tomasz Zmarzly, da paróquia Beata Virgem Maria dos Anjos, é investigado porque, conforme a imprensa local, teria impedido a entrada de paramédicos na casa depois de um gigolô que participava da festa ter chamado o resgate para o homem desmaiado.
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Com a resistência do padre, a polícia foi avisada e entrou à força, levando o paciente para um hospital. "O evento foi organizado pelo padre e era puramente sexual. Os participantes tomaram pílulas para impotência", apontou uma testemunha ao jornal Gazeta Wyborcza.
O bispo Kaszak, 59, inicialmente disse que havia nomeado uma comissão para apurar "urgentemente" as circunstâncias do caso, mas depois redigiu uma carta para os padres de sua diocese afirmando que estava pronto para "aceitar as consequências" do escândalo e que não compactuaria com o "mal moral".
"Os recentes eventos nos encheram de grande dor, vergonha e raiva. Não sabemos tudo exatamente, o Ministério Público está investigando violações do direito civil, enquanto nossa comissão está investigando violações do direito divino e canônico", declarou o bispo na ocasião.