Vários iraquianos distribuíram numa mesquita de Bagdá panfletos nos quais se convoca a guerra santa (jihad) contra a coalizão e se exorta o apoio à resistência contra as tropas americanas e britânicas. O texto anônimo, que apresenta certas semelhanças com as últimas mensagens do deposto presidente Saddam Hussein, difundidas pelas televisões árabes recentemente, incita os imãs das mesquitas a declararem a jihad e ameaça de morte os ''colaboradores''.
''Convoquem a jihad em suas mesquitas, em nome de Alá. Usaremos as orações da sexta-feira para transmitir nossa mensagem'', diz o panfleto. ''Povo do Iraque, afaste-se das forças da coalizão e de suas bases porque vamos atacá-las. Não dêem informação e tentem ajudar os mujahedines ou pelo menos escondam suas armas''.
''Aquele que coopera com os americanos e britânicos é um covarde e um traidor de Alá e seu profeta e todos os traidores morrerão'', ameaça o texto.
''Isto se aplica àqueles que trabalham lado a lado com Paul Bremer'', o administrador americano do Iraque.
''Cada dia que passa não nos beneficia, beneficia seus inimigos, os americanos e os britânicos. Os americanos tentam criar divisões entre sunitas e xiitas, entre curdos e árabes, entre muçulmanos e crentes de outras religiões'', assinala o panfleto.
Bush admite problemas - As tropas americanas continuam sendo alvo de ataques no Iraque e mais três soldados morreram e outro ficou ferido na noite de quarta-feira em incidentes diferentes.
Diante dessas novas ocorrências, o presidente George W. Bush admitiu nesta quinta que seu governo tem um ''problema de segurança'' no Iraque, enfatizando, no entanto, que as forças americanas atuarão com firmeza para solucionar essa questão.
Também foram registrados ataques em Ramadi e nos redutos sunitas ao norte.