A operadora da usina nuclear Fukushima Daiichi, no Japão, afirmou nesta quarta-feira (06) ter conseguido conter o derramamento de água radioativa para o Oceano Pacífico.
Engenheiros da empresa injetaram agentes químicos para solidificar o solo perto de uma rachadura pela qual a água estava escapando desde que a usina foi danificada pelo terremoto e o tsunami que atingiram o Japão no dia 11 de março.
Medidas anteriores de emergência tentaram usar concreto, papel e serragem, mas sem sucesso.
Falta espaço
A companhia disse que ainda precisa liberar no oceano cerca de 11,5 mil toneladas de água com baixo nível de radiação, por falta de espaço para armazenar o líquido.
O desastre natural afetou os sistemas de resfriamento das usinas, levando os técnicos a bombear água do mar para dentro dos reatores com o objetivo de evitar o superaquecimento.
Amostras de água usada para resfriar um dos seis reatores da usina – o reator número 2 –, registraram níveis de radioatividade cerca de 5 milhões de vezes acima dos níveis normais.
As autoridades dizem que esta água não oferece risco para seres humanos.
Tratamento nuclear
O Japão pediu à Rússia autorização para usar o navio russo Landysh, chamado em japonês de Suzuran, uma das maiores plataformas de tratamento de líquido radioativo do mundo.
A embarcação, utilizada pela Rússia para desativar submarinos nucleares no porto de Vladivostok, no leste do país, é capaz de processar 35 metros cúbicos de líquido radioativo e 7 mil metros cúbicos por ano.
A agência nuclear russa, Rosatom, disse que está trocando informações com as autoridades japonesas a respeito dessa possibilidade.
Devido ao alto nível de radiação na área, só a partir de setembro os edifícios que contêm os reatores nucleares devem começar a ser cobertos com placas especiais de metal, disse uma fonte do governo japonês.