A Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou nesta quinta-feira, em Genebra, que retirou o Brasil da lista de 29 locais onde há casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave, a pneumonia asiática. No mundo são 7 mil casos, com pelo menos 500 mortes. O diretor do departamento de doenças transmissíveis da OMS, David Heymann, afirmou que a decisão foi baseada no fato de que há mais de 20 dias as autoridades locais não identificam casos suspeitos da doença.
''É uma notícia muito boa, pois mostra que a doença pode ser controlada em algumas regiões'', afirmou Heymann. Mas o Brasil não pode se descuidar nos próximos meses, pois o vírus pode chegar ao País em vôos internacionais. ''O risco continua para o Brasil, assim como para qualquer outro país.''
A OMS acreditava que a taxa de mortalidade do vírus seria no máximo de 10%. Ontem a entidade anunciou que ela está entre 14% e 15% dos contaminados.
A entidade ampliou a relação dos locais que não devem ser visitados por causa da doença. Além de Pequim e Hong Kong, a entidade incluiu Taipei e duas províncias chinesas, Tianjin e Mongólia Interior, na lista.
PHNOM PENH - O Camboja teve anteontem uma noite muito agitada quando se espalhou o boato de que a população deveria consumir imediatamente feijões verdes cozidos para não morrer de pneumonia asiática. O boato começou a se espalhar através dos telefones celulares: para sobreviver ao vírus da síndrome respiratória aguda severa, os cambojanos deveriam obrigatoriamente e antes da meia-noite comer feijão verde cozido e misturado com açúcar.
A população se precipitou para comprar os feijões milagrosos, cujo preço imediatamente subiu de 1.000 riels (22 centavos de euro) para 10.000 riels (2,2 euros) o quilo.
Várias emissoras de rádio tentaram em vão explicar que o boato era um absurdo. O Camboja, um país com população extremamente supersticiosa, não registrou até agora nenhum caso de pneumonia asiática.