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Notas baixas? O psicopedagogo pode ajudar

18 out 2007 às 18:54

Um boletim vermelho costuma assustar a maioria dos pais, principalmente na reta final do ano letivo, quando bate o desespero e todos tentam correr atrás do 'prejuízo'. Entretanto, é importante acompanhar o desenvolvimento escolar da crianças e do adolescente já nos primeiros meses de aula, e se necessário, buscar ajuda profissional o mais cedo possível. "As notas baixas são a ponta de um iceberg, que pode esconder diferentes questões", destaca Márcia Guido, psicopedagoga da Cia do Adolescente & Família, em Brasília. Para a especialista, antes de qualquer medida é necessário diagnosticar a razão da baixa performance escolar.

Entre os aspectos mais simples, destacam-se os problemas de visão. "Alunos que não enxergam bem costumam apresentar desempenho inferior", comenta Márcia. Para descartar, uma avaliação oftalmológica é indicada. Outra possibilidade observada é a dispersão, característica da criança que perde a concentração com facilidade, é desorganizada e se esquece de tarefas e compromissos relacionados às atividades diárias. "Nesse caso, o psicopedagogo cria estímulos para que o pequeno paciente se concentre", explica Márcia.


Para algumas crianças, a questão está ligada à necessidade de acompanhamento individualizado. Elas não apresentam independência para estudar, necessitando de atenção maior. "Essas são as que sofrem com o atual sistema das grandes escolas, nas quais as turmas são grandes e o ensino é pasteurizado. Em uma escola com metodologia diferenciada, o problema tende a desaparecer", exemplifica a psicopedagoga.


Queda repentina - Mudanças são sinal de alerta, inclusive no boletim escolar. Para a hebeatra Mônica Mulatinho, diretora da Cia do Adolescente & Família, os pais devem redobrar a atenção quando os filhos apresentam súbita queda no rendimento. "Trata-se de uma forma de expressão da criança e do adolescente, que de maneira simples quer dizer que algo não vai bem com ele. Como se trata de um período de intensas transformações, é papel da família estar atenta, fornecendo suporte afetivo e profissional quando necessário", enfatiza a médica.

Nesses casos, o trabalho do psicopedagogo começa com os pais, através de uma anamnese que visa levantar todo o histórico da criança - desde as primeiras aprendizagens, como andar e falar, até os dias atuais. "Quanto mais cedo é feito o diagnóstico, menor é o impacto psicossocial das notas baixas, que costumam afetar a auto-estima e as relações interpessoais do aluno", finaliza Márcia Guido. (Das agências)


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