O presidente norte-americano George W. Bush encerrou há pouco seu discurso na abertura dos trabalhos da 58ª Assembléia Geral da Organização das Nações Unidas.
Com a pressão da comunidade internacional presente, Bush, que falou de improviso, dedicou a maior parte de seu tempo na tribuna a reiterar os argumentos usados pelos Estados Unidos para justificar o ataque e a ocupação do Iraque.
"Regimes autoritários, redes terroristas e armas de destruição em massa não podem ser permitidos. Foi por ter armas de destruição em massa que o Iraque foi atacado", lembrou ele, ignorando que até hoje os EUA não exibiram provas dessa acusação. "Temos de ter a sabedoria de prevenir grandes catástrofes", advertiu Bush.
O presidente norte-americano chegou a oferecer maior participação da ONU no processo de reconstrução do país. "Os Estados Unidos já se abriram para que uma nova resolução do Conselho de Segurança da ONU permita uma participação maior da entidade na reconstrução do Iraque".
Bush abriu seu discurso lembrando as vítimas do atentado de 11 de setembro de 2001 em Nova York, cidade onde se localiza a sede da ONU. Ele estendeu sua homenagem a vítimas de outros atentados terroristas, em especial ao brasileiro Sérgio Vieira de Mello, morto no Iraque, há pouco mais de um mês.
"Ele foi um grande homem que deve ser lembrado. A América se junta a você, à sua memória, e ao serviço que você dedicou à humanidade na luta a favor da paz", disse Bush, que discursou logo após o presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva.