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Músicos cubanos oficializam pedido de refúgio no Brasil

17 dez 2007 às 19:05

Os músicos cubanos que desapareceram durante uma turnê em Recife formalizaram nesta segunda-feira um pedido de refúgio no Ministério da Justiça. A assessoria de imprensa do ministério informou que o caso será julgado pelo Conselho Nacional de Refugiados (Conare) em março, na próxima sessão do conselho.

Ainda de acordo com o Ministério da Justiça, até o julgamento os músicos Miguel Ángel Costafreda, Arodis Verdecia Pompa e Juán Alcides Día estão sob proteção e têm liberdade para circular no país e até mesmo para tirar carteira de trabalho.


Segundo o advogado dos cubanos, José Antônio Ferreira, eles não correm qualquer risco de serem deportados até o julgamento. "O governo Lula jamais deportará cubanos para agradar Fidel Castro".


Ferreira disse que os músicos foram designados pelo governo de Cuba para fazer apresentações no Brasil porque não havia quem pudesse vir, embora a situação política deles naquele país fosse de "perseguição".


O motivo da perseguição seria a insistência dos três em pesquisar ritmos latinos à revelia do governo cubano. "Eles são estudiosos de música erudita e teimavam com o governo em fazer pesquisas sobre os estilos musicais da América Latina. Por isso, eram criticados e perseguidos no país", disse o advogado.


O advogado se refere ao pedido como "asilo político", mas, de acordo com a assessoria de imprensa do ministério, trata-se de um pedido de "refúgio". "É apenas uma linguagem, mas os dois têm o mesmo sentido", afirmou Ferrera.


A assessoria do ministério disse, no entanto, que o asilo político é destinado àqueles que se sentem perseguidos no seu país. Já o pedido de refúgio, tem o objetivo de proteger aqueles que tiveram que abandonar seu país porque sua vida ou liberdade estavam em perigo, por razões ligadas à raça, religião ou crença política.

ABr


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