Mulheres da Via Campesina foram agredidas pela Brigada Militar do Rio Grande do Sul, após resistirem manifestações para deixarem propriedade invadida em terras pampas, afirmou o coordenador estadual do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), Miguel Stedile. O MST é um dos movimentos que compõem a organização.
Segundo ele, camponesas que ocupam a Fazenda Tarumã, em Rosário do Sul (RS), receberam socos e pontapés. A Brigada Militar contesta a acusação.
As mulheres ocupam a fazenda desde a madrugada de quarta. Afirmam que a área foi comprada ilegalmente por uma empresa multinacional por meio de uma empresa laranja, desrespeitando a Constituição Federal, que proíbe estrangeiros de comprar áreas na faixa de fronteiras.
" O efetivo da brigada já chegou realizando as agressões se aproveitando de um grupo menor que estava na porteira, mas afastado do grupo de 900 mulheres e 250 crianças que estão na ocupação", comenta Stedile. Ele diz que o grupo não vai denunciar a agressão. "Infelizmente, os órgãos públicos e parte do Legislativo são surdos nessas denúncias", justifica.
Segundo o coronel Lauro Binsfeld, os policiais apenas chegaram ao local para retirar foices e facões que as mulheres portavam.