Na próxima terça-feira, movimentos sociais e populares devem realizar uma marcha contra a corrupção na Esplanada dos Ministérios, na capital federal.
O objetivo do movimento é lançar uma ampla mobilização nacional em defesa de uma "agenda positiva" para o governo federal, o que inclui a redução dos juros e do superávit primário, além do aumento de recursos para áreas sociais como forma de acelerar a geração de emprego e renda em todo o país.
Os movimentos também devem exigir mudanças na política econômica e uma ampla reforma política – tema que voltou às discussões do Congresso Nacional nas últimas semanas depois das denúncias do deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ) sobre a existência de um possível esquema de pagamento de mesadas a parlamentares do PP e PL. Participam da marcha integrantes do Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra (MST), Central Única dos Trabalhadores (CUT), União Nacional dos Estudantes (UNE) e Marcha Mundial das Mulheres (MMM), entre outros.
As entidades afirmam que as denúncias do deputado Roberto Jefferson têm o objetivo de enfraquecer o governo federal, isolando o projeto de mudanças previsto para ser colocado em prática pelo Executivo.
O MST defende uma "necessária e forte" unidade entre todos os setores da sociedade para o enfrentamento das denúncias. "Neste momento, a união e a mobilização são fundamentais, pois estamos numa verdadeira guerra", diz João Pedro Stédile, dirigente do MST.
O secretário nacional de comunicação da CUT, Antonio Carlos Spis, defende que as denúncias de Jefferson vêm sendo manipuladas pela mídia para interferir no inconsciente coletivo, "transformando uma mentira em verdade", e paralisando o país.
"Os movimentos defendem a apuração das denúncias, a investigação e punição dos culpados, mas não vão fazer o jogo da direita, que quer enfraquecer e tomar de assalto o governo, abrindo espaço para a privatização e a terceirização. Ou seja, para mais corrupção", encerrou.
Fonte: Agência Brasil