Duas grandes capitais brasileiras amanheceram sem ônibus na manhã desta terça-feira (07) - Curitiba e São Paulo.
Após inúmeras reuniões na segunda-feira (06), os motoristas e cobradores de Curitiba não aceitaram o aumento de 5% ofertado pelo Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Curitiba e Região Metropolitana (Setransp). Eles reivindicam aumento de 11%.
Sem apresentar uma solução imediata para a greve e para não trazer mais transtornos aos cidadãos, a Urbs começou a cadastrar qualquer veículo para fazer o transporte coletivo. O preço máximo que pode ser cobrado é R$ 4,00 por passageiro.
A assessoria jurídica do Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Curitiba e Região Metropolitana (Setransp) conseguiu por volta de 12h20 uma liminar que garante o livre acesso de pessoas e veículos nas empresas de transporte coletivo e a desmobilização dos piquetes com ajuda da Polícia Militar. Caso a decisão seja descumprida, a liminar prevê multa de R$ 10 mil por dia para o Sindicato dos Motoristas e Cobradores (Sindimoc).
São Paulo
Cerca de 1,3 milhão de pessoas foram afetadas pela greve de 11 empresas de ônibus de São Paulo, realizada das 24h às 6h desta terça-feira.
A paralisação é uma advertência realizada por motoristas e cobradores devido ao atraso no salário de fevereiro. O protesto ocorre um dia após oito consórcios que mantêm contratos com a prefeitura de São Paulo protocolarem pedido de "rescisão amigável" do acordo - medida que poderá deixar mais de 5 milhões sem transporte nos próximos dias.
O Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo Urbano de Passageiros (SPUrbanuss) promete romper os compromissos nesta quarta-feira (08), caso a administração do prefeito José Serra (PSDB) não quite suposta dívida de R$ 50 milhões com as empresas e cumpra cláusulas contratuais que teriam sido desrespeitadas.
Fonte: Terra