O Conselho Regional de Medicina do RJ (Cremerj) investiga denúncia de suposto erro médico por parte da equipe do Hospital Municipal Miguel Couto, uma das maiores emergências do Estado.
A dona de casa Celina Maria de Souza acusa os médicos de terem sido negligentes ao tratar sua filha, Ísis Souza da Silva, de um ano e quatro meses, que teve os cinco dedos da mão direita amputados - segundo ela, sem sua autorização ou de seu marido.
Celina diz ter visto um esparadrapo com a inscrição ''soro glicosado'' na embalagem do soro aplicado na menina, mesmo depois de ela ter avisado que Ísis poderia ser diabética, como ela. A criança deu entrada no Miguel Couto no dia 2 de julho com desidratação, diarréia e vômitos. Vinte e um dias depois, o quadro piorou tanto que Ísis precisou ser submetida à cirurgia de amputação.
Em nota divulgada à imprensa, a Secretaria Municipal de Saúde do Rio informou que os pais concordaram com a operação, que foi necessária porque a menina corria risco de vida. A nota diz que a paciente chegou ao hospital em estado muito grave, ''em choque por septicemia, desidratada, pulsos finos, extremidades frias e com má circulação''.
O delegado Cláudio Ferraz, do Leblon, abriu inquérito e quer que a menina faça um teste para saber se ela tem diabetes.