Segundo informações da BBC Brasil, um estudo divulgado nesta semana pelo grupo Consumers International (CI) critica as principais companhias farmacêuticas da Europa e questiona a ética da indústria na promoção de seus produtos.
O relatório, financiado pela Comissão Européia, pesquisou vinte empresas na República Tcheca, Dinamarca, Finlândia, Grécia, Hungria, Portugal e Eslovênia. Juntas, elas investiram em marketing um total de US$ 60 bilhões em 2005 – o dobro do valor gasto com o desenvolvimento de novas drogas.
"Sérias, recentes e repetidas transgressões aos códigos de marketing foram encontradas em grande número", diz o relatório.
O grupo de lobby sediado em Londres revelou estratégias das empresas para contornar restrições à publicidade direta de medicamentos. Uma delas seria a pressão sobre médicos e grupos de pacientes, estudantes de medicina e farmacêuticos.
Na era da Internet, novas ferramentas, como websites de informação e fóruns de discussão online, também são utilizadas. Segundo o relatório, financiado pela Comissão Européia, as empresas provêm informações sobre doenças ao mesmo tempo em que induzem os consumidores a utilizar determinados medicamentos.
O Consumers International pede mais rigor na regulamentação de marketing do setor.
As empresas ainda não se pronunciaram sobre o relatório, mas, no passado, defenderam o diálogo direto com pacientes.