Trabalhadores do Hospital Carlos III, em Madri, fizeram um protesto hoje (10), durante visita surpresa do primeiro-ministro espanhol Mariano Rajoy às instalações da unidade. Médicos e enfermeiros estão preocupados com a falta de treinamento e com os padrões de segurança do hospital, onde 14 pessoas estão sob quarentena em razão do ebola.
Cercado por médicos, Rajoy pediu calma e disse, na porta do hospital, que é muito difícil que a doença se espalhe na Espanha. "Estou absolutamente convencido de que nós, especialmente os profissionais que estão aqui, estamos fazendo todos os esforços possíveis para, em futuro próximo, superar a situação", ressaltou.
A enfermeira Teresa Romero, primeiro caso confirmado de contágio de ebola fora da África, continua em tratamento na unidade. Ela foi infectada em área de segurança máxima do Carlos III, depois de tratar de dois missionários repatriados de Serra Leoa.
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Sindicatos de trabalhadores alegam que, por três vezes, Teresa Romero alertou o hospital sobre os sintomas, mas foi ignorada. Uma investigação foi aberta para detectar as causas da contaminação da enfermeira, que afirma ter seguido todos os protocolos de segurança.
O ebola já matou quase 4 mil pessoas no Oeste da África desde que o primeiro caso foi confirmado na Guiné, em dezembro do ano passado. Os sintomas da doença são febre, diarréia e vômito, e, às vezes, hemorragia. O contágio ocorre por meio de contato corporal com pessoal infectada.