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Médico infectado pelo ebola na África chega aos EUA

03 ago 2014 às 09:10

O médico Kent Brantly, que contraiu o vírus ebola durante o tratamento de pacientes na Libéria, chegou aos Estados Unidos para tratamento. Um avião equipado com uma unidade de confinamento especial posou na Base Aérea de Dobbins em Atlanta no fim da manhã de hoje horário local e, em seguida, o paciente foi então transportado para o Hospital da Universidade de Emory, que tem uma unidade de isolamento, criada em colaboração com os centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) para o tratamento de pessoas expostas a doenças infecciosas graves, informou a Samaritan's Purse, organização religiosa da qual faz parte o médico.

A missionária americana Nancy Writebol, que também contraiu a doença na Libéria, é esperada para chegar a Atlanta, nos próximos dias. "Agradecemos a Deus que eles estão vivos e agora têm acesso aos melhores cuidados do mundo", disse Franklin Graham, presidente da organização. "Estamos muito gratos pela ajuda que recebemos do Departamento de Estado dos Estados Unidos, do CDC, do Instituto Nacional de Saúde, da Organização Mundial da Saúde e, claro, do Emory Hospital", publicou Graham no site da Samaritan's Purse.


A segurança de nossos funcionários é uma prioridade da Samaritan's Purse. "A evacuação do nosso pessoal está em andamento e será concluída neste fim de semana", disse Graham.


O momento exato e destinos estão sendo mantidos em sigilo para respeitar a privacidade dos funcionários.


A organização informou também que Brantly recusou a oferta de uma dose de um soro experimental contra o ebola. "Um soro experimental chegou ao país, mas havia apenas o suficiente para uma pessoa. Dr. Brantly pediu que fosse dado a Nancy Writebol ", disse Graham. "No entanto, Dr. Brantly recebeu sangue de um menino de 14 anos que havia sobrevivido ao ebola. O menino e sua família queriam ajudar o médico que salvou sua vida", diz o site da entidade.


De acordo com a Agência Lusa, é a primeira vez que um infectado com o vírus do ebola entra nos Estados Unidos. O governo norte-americano garante que a medida não põe em risco a população.


A agência informa também que os países afetados pela epidemia (Guiné-Conacri, Serra Leoa e Libéria) e seus vizinhos adotaram medidas excepcionais para evitar a expansão do vírus, que já matou 729 pessoas. Um cordão sanitário para isolar as zonas com o maior número de casos, restrição de movimento de pessoas e a desinfecção de lugares públicos são as principais medidas contra a doença.


Os três países concordaram, na última sexta-feira, aumentar as medidas sanitárias e o controle de fronteiras em uma reunião com a participação da Organização Mundial da Saúde (OMS).


O governo nigeriano também proibiu a entrada no país de cadáveres procedentes de nações afetadas pela epidemia, para evitar a expansão do vírus no país, depois que o corpo de um morto vindo da Libéria entrou, provavelmente, pelo aeroporto. A Nigéria recebeu também uma pessoa proveniente da Libéria, que morreu em um hospital em Lagos e 70 pessoas com quem manteve contato estão sob observação.

*Com informações da Agência Lusa


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