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Marcha gay é 'ato de satã', diz prefeito de Moscou

29 jan 2007 às 18:23

O prefeito de Moscou disse nesta segunda-feira (29) que jamais permitirá que uma parada gay seja realizada na cidade e qualificou este tipo de manifestação como "um ato de Satã". Yury Luzhkov justificou a proibição dizendo que a manifestação poderia gerar violência.

"Existe uma pressão sem precedentes sobre Moscou para que uma parada gay seja realizada aqui. Isto pode apenas ser descrito como um ato de satã. Nós não permitimos a parada (no passado) e não vamos permiti-la no futuro".


O prefeito agradeceu ao líder da Igreja Ortodoxa Russa, o patriarca Alexey 2º, por tê-lo apoiado em uma proibição a um evento semelhante no ano passado.


Militantes responderam à declaração de Luzhkov dizendo que, apesar da proibição, planejam realizar uma marcha gay em maio próximo.


"Valores Tradicionais" - Luzhkov culpou grupos que, segundo ele, estariam recebendo dinheiro do Ocidente para propagar "este tipo de iluminismo" na Rússia.


Em seu discurso no maior fórum ortodoxo do mundo, o Rozhdestvenskiye, nesta segunda-feira, o prefeito disse que sempre defenderá os valores tradicionais.


Os ativistas gays alegam que as autoridades russas lhes estão negando direitos humanos fundamentais ao proibir a passeata.


Manifestantes que ignoraram a proibição e participaram de uma parada gay realizada na cidade no ano passado foram agredidos por grupos de direita e presos pela polícia.

Grupos de homossexuais no país estão divididos sobre a realização da marcha neste ano. Alguns argumentam que fazer a passeata pode trazer efeitos negativos para o movimento gay na Rússia.


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