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Marcha do MST pede novo modelo de desenvolvimento

15 mai 2005 às 17:47

O agronegócio, a política econômica ortodoxa e a própria natureza do Estado brasileiro são, para o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), as maiores barreiras para a execução da reforma agrária no país.

Por isso, há cerca de duas semanas, mais de dez mil trabalhadores caíram na estrada para mostrar à sociedade a insatisfação dos que não possuem um pedaço de terra para plantar.


Entre esses mais de dez mil homens e mulheres, de todas as idades, está João Paulo Rodrigues, um paranaense, de 26 anos, que adotou a luta no Pontal do Paranapanema, região do Estado de São Paulo marcada por constantes conflitos pela posse da terra.


Hoje, João Paulo é membro da Coordenação Nacional do MST e funciona como uma espécie de embaixador do movimento em Brasília.


É ele, por exemplo, quem circula pelo Congresso Nacional. É também quem está na maioria das fotos publicadas pela imprensa quando o assunto é uma reunião entre o movimento e um ministro.


Por fim, é um dos principais porta-vozes do MST. Nesta entrevista exclusiva à Agência Brasil, João Paulo fala sobre a importância de levar à sociedade a visão política e conjuntural do movimento.


"Queremos fazer um grande debate com a sociedade brasileira", afirma. "E, nesse debate, vamos priorizar o tema da reforma agrária. Mas, acima de tudo, trabalhar a questão do modelo econômico no Brasil. O povo brasileiro precisa opinar, precisa conhecer de fato o que está em jogo do ponto de vista do projeto de desenvolvimento para o Brasil". Leia a seguir a entrevista, que está dividida em quatro partes.

Fonte: Agência Brasil


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