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Lula se compromete a não aumentar impostos

19 dez 2007 às 09:00

Para lidar com a perda de R$ 40 bilhões estimada no orçamento do próximo ano com o fim da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF), o governo não pretende aumentar impostos, mas cortar gastos e planejar as despesas para 2008. Isso foi o que afirmou ontem o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), após reunião do Conselho Político com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no final da noite de ontem (18).

Ao sair do jantar de confraternização de fim de ano com presidentes e líderes de partidos da base aliada no Palácio da Alvorada, Jucá disse que Lula assegurou aos presentes que não haverá surpresas na política econômica. "Não há nenhuma previsão sobre aumento de impostos nem de pacote", declarou Jucá. "A alternativa, num primeiro momento, é cortar gastos e procurar agilizar melhor as despesas e melhorar a máquina."


Segundo Jucá, com a garantia do presidente Lula, não há empecilho para que a Desvinculação das Receitas da União (DRU) seja votada hoje (19) em segundo turno no Senado. O senador afirmou ter conversado com parlamentares da oposição para reafirmar que o governo não pretende aumentar impostos.


"Nesta quarta-feira (19), com apoio da oposição, o Senado vai aprovar a prorrogação da DRU", destacou Jucá. "O presidente foi determinante na reunião de hoje [ontem] e o será amanhã [hoje], na reunião com a equipe econômica e os líderes partidários."


De acordo com Jucá, após o planejamento dos gastos para o próximo ano, a reforma tributária entrará em discussão. "O governo vai cortar gastos e procurar agir no sentido de fortalecer a economia. Nós vamos, no próximo ano, ter a discussão da reforma tributária, mas num momento oportuno, com a base e com a oposição", destacou.


Segundo o ministro da Secretaria de Relações Institucionais, José Múcio Monteiro, os presidentes e líderes partidários também foram informados de que o governo não pretende retaliar o Congresso, com corte de emendas parlamentares, por causa da rejeição da CPMF no Senado. "Agora o momento é de tranqüilidade. A idéia é que não haja sanções", ressaltou.


De acordo com Monteiro, o governo agora está preocupado em se ajustar às novas circunstâncias. "O impacto da derrota no Senado já foi mais que absorvido", salientou. "Amanhã [hoje], os ministros da Fazenda e do Planejamento nos dirão o tamanho da ferida causada pela rejeição da CPMF."

As informações são da Agência Brasil.


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