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Londrinense grávida é morta pelo namorado em Portugal

21 mar 2012 às 16:10

Uma londrinense de 20 anos, grávida de 2 meses e meio,  foi morta pelo namorado asfixiada na madrugada de segunda-feira (19) em Queluz, cidade distante 15 quilômetros de Lisboa, capital de Portugal. Danúbia Toxie dos Santos foi assassinada na cama do apartamento onde o casal morava há apenas 35 dias. "Pelo que ficamos sabendo, ele tinha muito ciúmes dela e estava drogado quando cometeu o crime", informou a prima da vítima, Rosimeire dos Santos Custódio, 35 anos.

O namorado da vítima, também brasileiro, de Minas Gerais, Alcino Júnior Valente, de 26 anos, foi preso pela polícia momentos depois do crime quando tentava cometer suicídio pulando de um penhasco em Sesimbra, cidade litorânea de Portugal, a 55 quilômetros de Queluz.

De acordo com o jornal português Correio da Manhã, ele confessou que havia assassinado a mulher e por isso pretendia se matar. Alcino foi preso porque o taxista que o levou até o penhasco estranhou o comportamento dele e chamou a polícia. Na casa do acusado, a polícia encontrou a almofada usada para asfixiar a vítima e lençóis sujos de sangue de uma provável pancada na cabeça da vítima.


Danúbia namorava Alcino há um ano e decidiu morar com ele logo após saber que estava grávida. "Eu também morava lá até dezembro e conheci o Alcino. Ela sempre dizia que estava bem e que ele nunca a tratou mal. Mas a mãe dela que mora lá descobriu somente agora que ele vinha agredindo Danúbia e que também a ameaçava para que não contasse nada para a família dela", detalhou a prima da vítima.


Ainda segundo Rosimeire, somente agora, depois da tragédia, a família ficou sabendo que Alcino era procurado pela Interpol acusado de ter cometido dois assassinatos em Minas Gerais. "Ele até ficou preso por cerca de 60 dias em Portugal mas como a documentação para deportação para o Brasil não chegou teve que ser libertado. Na época, ele disse para minha prima que havia brigado com uma pessoa que o havia agredido e que estava prestando serviço comunitário quando resolveu ir para Portugal".


Alcino também teria mentido sobre o trabalho. "A família da minha prima também acreditava que ele trabalhava como barman em uma boate, só mais tarde ficamos sabendo que a boate era gay e que ele era stripper (dançarino erótico) da casa noturna. Ele era daquelas pessoas que demonstram uma coisa boa mas que no fundo é outra... muito triste", finalizou.


Os pais e dois irmãos de Danúbia moram em Portugal há cerca de oito anos. Apenas um irmão dela mora em Londrina. Atualmente, Danúbia estava fazendo um curso para entrar na faculdade.


A família quer trazer o corpo para Londrina mas precisa de ajuda financeira. Segundo o jornal Correio da Manhã, o traslado para o Brasil custa cerca de 15 mil euros. A parte da família que está em Portugal vai começar hoje uma campanha para angariar do nativos na Alameda D. Afonso Henriques, em Lisboa.

Já os parentes de Londrina devem abrir uma conta corrente para as doações.


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