Os jihadistas do grupo extremista Estado Islâmico (EI) reconquistaram neste fim de semana a cidade de Palmira, na Síria, nove meses após as forças do governo de Bashar al-Assad, apoiadas pela Rússia, retomarem o controle da zona histórica.
O governador da província de Homs, Talal Barazi, confirmou que o EI está dominando a cidade de Palmira novamente. O Exército sírio se retirou do município e está "usando todos os meios disponíveis para impedir que os terroristas permaneçam em Palmira", disse o governador à imprensa local, segundo a Agência Ansa informou na tarde de hoje (11).
Desde sábado (10), civis e membros da ONG Observatório Nacional para os Direitos Humanos da Síria (Ondus) diziam que os jihadistas haviam conseguido voltar para a cidade, de onde haviam partido devido aos bombardeios russos.
Palmira, localizada no centro da Síria, ficou sob o domínio do Estado Islâmico de maio de 2015 a março de 2016. Os militares sírios conseguiram expulsar os jihadistas após 20 dias de combate, com a ajuda da aviação russa.
A 250 quilômetros de Damasco, Palmira abriga ruínas de uma cidade que foi um dos mais importantes centros culturais da Antiguidade, entre os séculos I e II d.C e conserva um dos maiores sítios arqueológicos do Oriente Médio.
Durante o tempo em que ficou sob posse do EI, Palmira teve vários de seus monumentos e templos históricos destruídos. A reconquista de Palmira pelo Estado Islâmico preocupa as autoridades sírias, pois o grupo vinha sofrendo várias derrotas sucessivas, mas, agora, conseguiu invadir a cidade.