A insônia é um problema que afeta 40% dos brasileiros, segundo estimativas da Organização Mundial de Saúde (OMS). Um dos distúrbios mais comuns do sono, a insônia pode ser caracterizada tanto pela dificuldade de iniciar o sono como de mantê-lo ou mesmo a percepção de que o sono não foi reparador.
A maioria dos insones sente fadiga, cansa facilmente, tem ardência nos olhos, irritabilidade, ansiedade, fobias, incapacidade de concentrar-se, dificuldades de atenção e memória, mal-estar e sonolência. Muitos, entretanto, demoram a atribuir o mal-estar à falta de sono.
Pesquisa publicada em 1994 (Stoller) revela que o impacto econômico da insônia é de US$ 100 bilhões por ano, principalmente por causa de acidentes e perda de produtividade. Outra pesquisa, de 1995 (Kupperman), revela que o índice de faltas ao trabalho das pessoas que sofrem de insônia é maior, 41,4% contra 29% em comparação aos não insones.
O primeiro tratamento indicado para quem sofre de insônia é a chamada "higiene do sono": parar de fumar, de beber em excesso e de fazer exercícios em horas inadequadas, como antes de deitar. O médico Carlos Viegas, do Laboratório do Sono da Universidade de Brasília (UnB), orienta que seus pacientes deitem apenas quando sentirem sono e que retirem do quarto o excesso de estímulos visuais, principalmente a televisão. "O ideal seria que o quarto tivesse somente a cama", afirma.