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Indústria prepara rodada de aumentos

05 set 2004 às 01:00

São Paulo - Uma nova rodada de aumentos de preços na indústria e no comércio ganhou força na virada deste mês, favorecida pelo aquecimento do consumo das famílias brasileiras, que cresceu no segundo trimestre 5% ante o mesmo período do ano passado e foi o melhor resultado desde 1997.
Os aumentos, antes restritos às matérias-primas básicas, como aço, papelão e resinas plásticas, por exemplo, começam a se espalhar pelas etapas seguintes da cadeia de produção, pressionando as indústrias de outros bens, como a de eletrônicos, eletrodomésticos, eletroportáteis, brinquedos, alimentos industrializados, embalagens plásticas, entre outros. O impacto no bolso do consumidor está a caminho e deve ser sentido nos próximos meses, exatamente quando entra mais dinheiro em circulação na economia em razão dos reajustes salariais de grandes categorias de trabalhadores, concentrados a partir de setembro, e do pagamento do 13.º salário no último trimestre do ano, assinalam os economistas.
''Estamos com forte necessidade de repasse (de preços) nos produtos, entre 10% e 15%. Isso tem de acontecer até o fim deste ano'', diz o diretor de Vendas e Marketing da Multibrás, controladora das marcas Brastemp e Consul, Ruy de Campos. O presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos (Eletros), Paulo Saab, concorda com a estimativa. ''O momento é favorável (para o repasse de preços), pois há necessidade e o mercado comporta. Quando é preciso impor o aumento e o mercado não suporta, o resultado é a redução de produção.''


Leia a matéria completa na edição deste domingo da
Folha de Londrina


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