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Indonésia convoca representantes brasileiros para reunião sobre paranaense condenado à morte

24 abr 2015 às 21:19

O governo da Indonésia convocou representantes das embaixadas dos países com cidadãos no corredor da morte para reunião neste sábado (25), na prisão de Nusakambangan, em Cilacap, a cerca de 400 quilômetros de Jacarta, capital do país. No grupo de dez prisioneiros condenados à morte por tráfico de drogas, estão o paranaense Rodrigo Gularte, natural de Foz do Iguaçu, e cidadãos da Austrália, França, Filipinas, Nigéria e de Gana.

O Ministério das Relações Exteriores confirmou que a Embaixada do Brasil na Indonésia recebeu a convocação ontem (23) e mandou um representante à Cilacap, onde fica a prisão na qual Rodrigo Gularte e os demais condenados estão.


O Itamaraty informou que ainda não recebeu comunicação oficial sobre a data de execução do brasileiro, preso desde julho de 2004, quando entrou na Indonésia com seis quilos de cocaína escondidos em pranchas de surfe.


Pelas leis indonésias, os presos e seus representantes devem ser comunicados com 72 horas de antecedência da execução. A convocação dos representantes das embaixadas gerou especulação entre quem acompanha o caso e os envolvidos de que, amanhã, as autoridades do país podem definir a data da execução por fuzilamento.


A defesa do paranaense continua tentando convencer a Justiça da Indonésia de que ele precisa de tratamento psiquiátrico, adiando ao máximo execução. "Sem desconhecer a gravidade dos crimes que levaram à condenação de Rodrigo Gularte e respeitando a soberania e o sistema jurídico indonésios, o governo brasileiro segue realizando gestões sobre o caso, por razões humanitárias e tendo em conta o estado de saúde do cidadão brasileiro", informou o Itamaraty à Agência Brasil.

O ministério ressaltou os reiterados pedidos feitos, "em caráter urgente", de internação imediata do brasileiro em hospital local. Além disso, o Itamaraty convocou hoje (24) o encarregado de Negócios da Indonésia no Brasil para uma reunião com o embaixador Carlos Alberto Simas Magalhães, subsecretário-geral das Comunidades Brasileiras no Exterior. O gesto serviu para demonstrar, mais uma vez, a preocupação do governo brasileiro com a situação e pedir mais explicações sobre o andamento do caso.


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