Em entrevista publicada nesta terça-feira no jornal francês Le Monde, o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, confessou que teme ser assassinado, precisando que ''presta muita atenção'' a isto.
''Acho que minha morte eventual poderia detonar uma verdadeira guerra civil...'', disse Chávez, acrescentando que ''os episódios de violência registrados no país foram planejados por alguns setores golpistas e fascistas da oposição''.
Chávez destaca na entrevista que em Caracas ''manifestantes pró e contra o governo promovem demonstrações, às vezes no mesmo dia'' e que o risco de uma guerra civil na Venezuela já se apresenta. Chávez afirmou que rejeita as eleições antecipadas exigidas pela oposição porque ''não estão previstas na Constituição'', acrescentando que aceita ''o princípio de um referendo a partir de agosto 2003'', legalmente previsto. ''Sou o chefe de estado, mas também um líder, responsável por um projeto político'', comenta.