Um novo caso de canibalismo voltou a chocar a Europa, depois que a polícia de Viena prendeu o alemão Robert A., acusado de ter assassinado o austríaco Josef S. e comido partes de seus órgãos internos.
Os dois eram sem-teto e viviam juntos em um apartamento privado transformado em albergue para duas pessoas na capital austríaca. Robert é apontado como doente mental.
De acordo com a perícia, o crime deve ter ocorrido alguns dias antes, mas só foi descoberto quando uma faxineira apareceu no local para fazer a limpeza semanal.
Robert a teria recebido com sangue na boca, mostrado o corpo da vítima e dito apenas: "Veja só o que aconteceu".
A funcionária alertou a polícia e o alemão foi preso nesta terça-feira (28) sem oferecer resistência. Ele confessou o crime.
Um policial deixou o local visivelmente abalado. "Já tinha visto muita coisa nesta vida, mas nada parecido com isso", comentou, em declarações à imprensa austríaca.
Vizinhos - De acordo com vizinhos, discussões entre os dois sem-teto eram constantes. A perícia diz que Josef morreu com um golpe na cabeça executado com um haltere de dez quilos.
Depois, o assassino abriu o tronco da vítima com uma faca, para comer os órgãos internos. O crânio também teria sido aberto e uma parte do cérebro, extraída.
Os assistentes sociais que visitavam o local constantemente se disseram surpresos com o ocorrido.
"Se tivéssemos a menor idéia de que este tipo de coisa pudesse acontecer, teríamos transferido Robert para outro local e exercido um acompanhamento mais adequado", afirmou Flo Winkler, porta-voz do Fundo Social de Viena (FSW).
O último caso de crime seguido de canibalismo no continente europeu também havia sido praticado por um alemão.
Em 2001, o especialista em Informática Armin Meiwes assassinou e comeu partes do corpo de Bernd Brandes em sua casa em Rottenburg. O crime ocorreu com o consentimento da vítima. Além disso, Meiwes não apresenta um quadro de distúrbio mental. O "canibal de Rottenburg" cumpre pena de prisão de perpétua.