As estações de metrô de São Paulo amanheceram fechadas nesta quinta-feira (14) por causa da greve dos metroviários, decidida na noite de ontem. Cerca de três milhões de pessoas utilizam este meio de transporte diariamente.
Para tentar minimizar o problema, a Secretaria Municipal de Transportes acionou o Paese (Plano de Apoio entre Empresas em Situação de Emergência) --que envolve ônibus municipais e metropolitanos e trens-- e suspendeu o rodízio municipal de veículos.
Os metroviários decidiram parar depois de rejeitarem a proposta de reajuste de 3,37% enviada pelo Metrô. Os funcionários reivindicam correção dos salários pelo ICV-Dieese (3,09%) e aumento real de 9,98%. Eles têm ainda uma pauta de reivindicações com 96 itens que inclui a reintegração de dois diretores do sindicato demitidos após protesto em abril último.
Horas após a aprovação da greve, ainda durante a madrugada desta quinta, os Sindicato dos Metroviários participou de uma reunião com o secretário estadual dos Transportes, José Luiz Portella, na qual foi apresentada uma proposta de reajuste de 4,25% para os salários e de 3,09% para os benefícios. No encontro, que terminou às 3h20, os metroviários concordaram em diminuir para 20 o número de reivindicações, e o secretário se comprometeu a avaliá-las.
Com a paralisação, o trânsito de São Paulo ficou ainda mais complicado. Às 9 horas, a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) registrou 172 km de vias com problemas na cidade, o maior índice do ano no período da manhã. A média para o horário é de 84 km.