Pela primeira vez desde pouco antes do início da Guerra do Golfo de 1991, a Grã-Bretanha terá uma representação diplomática em Bagdá, anunciou o governo britânico nesta segunda-feira.
Os funcionários residirão e trabalharão no mesmo prédio onde funcionava a antiga embaixada britânica, de acordo com a nota oficial.
Christopher Segar, o vice-embaixador para o Iraque que ajudou a fechar a embaixada em 1991, reabrirá o novo escritório e chefiará a representação.
"Nós não estamos usando os termos 'embaixada' e 'embaixador' porque ainda não há um governo no Iraque para o qual apresentar as credenciais de um diplomata estrangeiro", explica a nota.
Mas Segar e sua equipe "exercerão as funções normais" de um embaixador e de uma embaixada.
"Estou ansioso para abrir o escritório e fazer com que as relações com o Iraque e o povo iraquiano voltem a ser como eram antes", declarou Segar à CNN.
"Eu espero que seja escolhida uma autoridade interina que conte com o nível certo de credibilidade internacional e doméstica a fim de dar estabilidade ao governo do país", acrescentou.
Uma autoridade civil norte-americana, chefiada pelo general reformado Jay Garner, está tentando organizar um governo interino para Iraque a ser instalado até meados de maio.
Os funcionários da representação diplomática britânica chegaram do Kuwait nos últimos dias e residirão e trabalhão em cinco contêineres de carga modificados.
Os contêineres serão substituídos nos próximos meses por uma construção modular e futuramente pelo prédio da embaixada.