A última chuva de meteoros do ano será a conhecida como "geminídeos" ou "gemínidas". O pico poderá ser observado nas noites desta quarta-feira (13) e quinta-feira (14). De acordo com Miguel Fernandes Moreno, coordenador do Gedal (Grupo de Estudos e Divulgação de Astronomia de Londrina), será possível observar a olho nu entre 30 e 40 "estrelas cadentes" por hora, em média. O fenômeno poderá ser visto de todas as regiões do Brasil. A ideia é procurar lugares com pouca iluminação e céu limpo para uma melhor observação.
A chuva de meteoros promove um verdadeiro espetáculo no céu e chama atenção pelo intenso brilho deixado por esses detritos que rasgam a atmosfera em uma velocidade gigantesca, geralmente na ordem de 200 mil km/h. No entanto, como as pessoas podem observar as estrelas cadentes da melhor forma possível? E em quais horários? Para qual direção se deve olhar para acompanhar o fenômeno?
COMO OBSERVAR?
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O melhor horário para observar a última chuva de meteoros do ano será a partir das 22h desta quarta-feira (13) até a madrugada do dia 14. Caso não seja possível acompanhar no primeiro dia, também será possível observar na noite de quinta-feira (14) a partir das 22h até a madrugada de sexta-feira (15).
Miguel Fernandes Moreno explica a melhor forma de observar a chuva de meteoros. ''Para acompanhar os geminídeos, o ideal é buscar um local mais afastado das luzes da cidade a partir das 22h. Você deve acompanhar a região do céu entre o zênite (o ''alto'' do céu, bem acima do observador) e o horizonte leste, onde o Sol ''nasce''. Com o passar das horas, o ''radiante'', ponto de onde os meteoros parecem surgir, vai se caminhando para a região oeste, onde o Sol se põe, mas isto já nas horas antes do amanhecer. Via de regra, quanto mais a madrugada vai entrando, melhor fica a observação. Na segunda metade da madrugada tende a ser melhor’’, detalha.
Miguel ressalta também que a média de meteoros por hora varia muito, há momentos que será possível observar um maior número de meteoros, há momentos que será possível observar uma quantidade menor. ''Numa noite bacana, sem iluminação, é possível fazer uma boa obervação, seria de se esperar no momento de pico de 30 a 40 meteoros por hora, se for uma noite boa e se a chuva de meteoros for realmente legal'', ressalta.
MAPAS INTERATIVOS
Você pode encontrar a constelação de Gêmeos com maior facilidade por meio dos mapas interativos online, como o Interactive Meteor Shower Sky Map, e aplicativos, como o Star Walk 2 (Google Play; Apple Store) o SkyView (Google Play; Apple Store) e o Sky Map (Google Play; Apple Store), que podem ajudar.
''GEMÍNIDAS''
Conforme o coordenador do Gedal, a chuva de meteoros ‘’Gemínidas’’, que ocorre no mês de dezembro, recebe este nome, pois a impressão que se dá é que os meteoros surgem no céu a partir da constelação de Gêmeos. A constelação "nasce" por volta das 22h. Um fato curioso desta ‘’chuva’’ é que os meteoros são gerados por partículas expelidas por um asteroide, e não por um cometa. Este asteroide, o 3200 Phaethon, é um dos corpos que orbitam próximo à Terra. Mas não se preocupe: não há risco de choque do nosso planeta com este ''intruso''. Pelo menos não nos próximos milhares de anos.
Os Geminídeos foram observados pela primeira vez no século 19, mas, até 1983, sua origem era um mistério para os astrônomos, que não conseguiam associá-los a nenhum cometa conhecido. Então, com o satélite IRAS, da NASA, os astrônomos Simon Green e John Davies descobriram o asteroide batizado de 3200 Phaethon, com 5,1 km de diâmetro e cerca de 140 bilhões de toneladas.
O QUE É UM METEORO?
Meteoroides são partículas de poeira ou fragmentos de cometas ou asteroides. Quando um meteoroide entra na nossa atmosfera, um clarão é gerado e recebe o nome de meteoro. Chamam-se meteoritos os meteoroides que se chocam contra a Terra por não terem se desintegrado na entrada na atmosfera. Eles passam pelo céu a uma velocidade de 35 quilômetros por segundo.
Agora é só marcar com os amigos para observar o fenômeno e fazer aquele pedido especial para 2024. (Com informações da Folhapress)
*Sob supervisão de Fernanda Circhia