O fenômeno climático Sandy voltou a ganhar força de furacão neste sábado depois de ter retornado brevemente a ser uma tempestade tropical, informou há pouco o Centro Nacional de Furacões (NHC) dos Estados Unidos. Aviões da Força Área norte-americana registraram ventos sustentados de 120 quilômetros por hora à medida que a tempestade se deslocava na direção da Costa Leste do país, conforme o órgão.
Como possível "tempestade monstro", a chegada de Sandy à terra firme era esperada para a semana que vem, durante a reta final da campanha antes das eleições dos EUA, marcadas para 6 de novembro.
Na última medição, às 12h GMT (10h do horário de Brasília), o furacão estava 540 quilômetros a sudeste de Charleston, no Estado da Carolina do Sul, se movimentando rumo ao nordeste a uma velocidade de 17 quilômetros por hora. "Dados da Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA) e dos aviões da Força Aérea indicam que Sandy tem ventos sustentados de cerca de 120 quilômetros por hora, com rajadas superiores a esse valor", disse o centro.
Mais cedo, o NHC havia informado que Sandy havia perdido intensidade de furacão para tempestade tropical, mas que "esperava uma forte tempestade com impactos de grande alcance no início da semana que vem".
Como furacão, Sandy matou mais de 40 pessoas no Caribe, destruiu casas e derrubou árvores e linhas de energia.
Meteorologistas esperavam que a aproximação de Sandy levasse ventos e chuva forte, marés altas e talvez neve aos EUA já no início de domingo. Os efeitos chegariam ao pico com a passagem do fenômeno na terça-feira. Com uma mistura rara de três grandes sistemas climáticos em uma área densamente habitada, especialistas preveem que os prejuízos podem chegar a US$ 1 bilhão.
A Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA, na sigla em inglês) dos EUA informou na sexta-feira que, por onde quer que Sandy passe, deve levar cerca de 254 milímetros de chuva. Até 0,6 metros de neve devem cair no Estado de West Virginia. Partes de Ohio e Pennsylvania devem ter menos neve. "Será um evento de longa duração, com dois a três dias de impacto para muitas pessoas", salientou John Franklin, chefe de previsões do Centro Nacional de Furacões.
Na parte nordeste do Estado de Nova Jersey, autoridades pediram aos habitantes que estejam preparados para vários dias sem eletricidade. As cidades litorâneas começaram a realizar evacuações voluntárias e proteger áreas de passeio à beira mar. Cassinos de Atlantic City fizeram planos de contingência para fechar em caso de necessidade. Autoridades da cidade aconselharam residentes de áreas suscetíveis a enchentes a ir para a casa de familiares ou estar preparados para abandonar suas residências rapidamente. Companhias áreas informaram esperar cancelamentos e renunciaram a taxas de alteração para os passageiros que desejem remarcar bilhetes. As informações são da Dow Jones e da Associated Press.