O descuido de um preso que dormiu enquanto fumava poderia ser a causa do incêndio na prisão de Comayagua, em Honduras, onde morreram 359 presos. Segundo o fiscal geral da república, Luis Alberto Rubí, o incêndio que ocorreu na quarta-feira passada foi acidental e não provocado intencionalmente. "Essa hipótese é a predominante neste momento, segundo inúmeras declarações das testemunhas", afirmou.
"Mas ainda não sabemos qual dos prisioneiros fumava e dormiu. O cigarro teria caído no colchão, que se incendiou e causou a tragédia", acrescentou. O funcionário do governo indicou que a versão está respaldada por seis especialistas do escritório de Bebidas Alcoólicas, Armas de Fogo e Tabaco dos Estados Unidos (ATF, na sigla em inglês), que investigam o caso.
O assunto é de grande relevância, em virtude do mal-estar que prevalece entre os mais de 500 parentes as vítimas, que pressionam o governo para esclarecer a situação e que protagonizaram dois tumultos em seis dias.
Depois do incêndio, rapidamente surgiram boatos de que um preso teria incendiado intencionalmente seu colchão em uma briga e sob o efeito de drogas. Os guardas do centro penal teriam disparado contra os prisioneiros. "Veremos se algum destes corpos que não foram analisados têm orifícios de bala", garantiu a porta-voz dos parentes das vítimas, Gloria Marina Redondo. As informações são da Associated Press