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França faz operação antiterrorista

17 jun 2003 às 19:45

Cerca de US$ 1,3 milhão, em cédulas de US$ 100, foi achado nesta terça em um cofre de uma casa em Auvers-sur Oise, a noroeste de Paris, onde se encontra a sede na Europa da organização Mujahedin Khalq, que realiza ações contra o regime dos aiatolás do Irã a partir do Iraque, disse uma fonte policial. Além disso, 165 membros do grupo foram detidos sob a suspeita de estarem preparando e financiando operações terroristas.

Uma vasta operação policial contra representantes do Mujahedin Khalq começou nesta terça na região de Paris, após uma ordem do juiz antiterrorista Jean-Louis Bruguiere, afirmaram fontes policiais.


A operação se desenvolveu em 13 pontos a oeste de Paris, nas regiões de Yvelines e Val-d'Oise, e mobilizou 1.200 policiais. A operação visava aos líderes e membros da organização Mujahedin Khalq e foi dirigida às regiões ''consideradas como bases organizacionais, logísticas e operacionais de financiamento duvidoso'', disseram as fontes.


Em Auvers-sur-Oise, as forças policiais entraram em um complexo residencial onde está a sede européia do Conselho Nacional da Resistência Iraniana.


Vários suspeitos eram procurados por ''formação de quadrilha para a prática de atos terroristas e para o financiamento de organização terrorista'', segundo as fontes.


Entre os detidos está Maryam Radjavi, mulher de Masud Radjavi, chefe do Mujahedin Khalq, que foi designada pela organização armada como ''futura presidente do Irã'.


O Mujahedin Khalq aparece desde maio de 2002 na lista de movimentos terroristas denunciados pela União Européia.


Em Londres, um porta-voz do Mujahedin Khalq, Ali Safavi, classificou de ''grotescas' as acusações de ''terrorismo'. Segundo ele, os detidos viviam na França há vários anos e nunca criaram problemas. O porta-voz negou que Radjavi tenha deixado o Iraque depois da guerra a fim de se instalar em um país europeu.

O Mujahedin Khalq, que tinha bases militares no Iraque por causa de um acordo com o regime de Saddam Hussein depois da expulsão de Radjavi, em 1986, lançaram várias operações, a partir desse país contra o regime islâmico de Teerã.


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