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Fibras alimentares previnem problemas intestinais

13 jun 2007 às 15:23

O papel das fibras alimentares na dieta de pacientes crônicos (graves em UTI, diabéticos, com câncer ou pediátricos) e hospitalizados será discutido no Ganepão 2007 – II Congresso Brasileiro de Nutrição Integrada, que acontecerá nesta sexta-feira (15), em São Paulo.

De acordo com informações da Burson-Marsteller, os médicos vão abordar as conclusões de estudos clínicos recentes que avaliaram os benefícios das dietas nutricionais enriquecidas com 6 tipos de fibras diferentes, solúveis e insolúveis, formulação conhecida como MF6.


Segundo Telma Theodoro de Souza, nutricionista e assessora científica da Support, as fibras mantêm o funcionamento normal do intestino, evitam a constipação (prisão de ventre) e as diarréias, comuns em pacientes críticos, acamados ou hospitalizados. Outro fator importante é a manutenção do equilíbrio da flora intestinal devido ao efeito prebiótico que estimula o crescimento de bactérias benéficas no intestino. Com a inclusão de fibras alimentares nas dietas nutricionais, também ocorre uma maior produção de ácidos graxos de cadeia curta (30%) e menor produção de gases.


Mix de 6 fibras


O mix de fibras MF6 é composto por fibras solúveis (FOS, inulina, goma arábica) e insolúveis (polissacarídeo de soja, amido resistente e alfa-celulose). Está presente em diversas dietas enterais (via sonda) e suplementos alimentares orais produzidos pela Support Produtos Nutricionais, empresa especializada em nutrição clínica e infantil.


As dietas são indicadas para pacientes desnutridos ou com risco nutricional, pessoas com condições clínicas específicas (pacientes graves, pacientes diabéticos, com câncer ou com necessidade de cicatrização) e pacientes pediátricos.


Importância das fibras


As fibras estão presentes nas paredes das células dos vegetais, conferindo textura e firmeza aos cereais, frutas, verduras e leguminosas. Elas não são digeridas pelo nosso organismo e são eliminadas nas fezes ainda intactas ou dissolvidas. Colaboram demais na manutenção do ritmo intestinal, evitando assim a famosa prisão de ventre que afeta muitas pessoas.


Em países em que o consumo de fibras na alimentação é alto, observa-se menor incidência de doenças como câncer de cólon, diverticulose, hemorróidas, cardiopatias, hérnia de hiato e diabetes.


As fibras podem ser solúveis e estão presentes nas leguminosas (como feijão, vagem etc.) nozes, aveia, cevada e frutas. Quando dissolvidas em água, tornam-se viscosas, dificultando a absorção dos açúcares dos alimentos e reduzindo a glicemia pós-alimentar. Elas são poderosas no combate à obesidade porque estão ligadas à sensação de saciedade que proporciona e ao fato de não ter valor calórico ou energético.


Elas podem também ser insolúveis, presentes nas hortaliças, cascas de frutas e grãos integrais. São aquelas que não se dissolvem nem com a mastigação. Seu efeito recai sobre a diminuição do tempo em que as fezes levam para percorrer os intestinos, evitando assim a prisão de ventre. Funcionam também como uma espécie de esponja, sugando grande quantidade de líquido. Com isso amolecem as fezes.


Exemplos de alimentos fibrosos e sua quantidade de fibra

Banana - 2,4 g de fibra
Feijão (½ xícara) - 7,3 g de fibra
Brócolis (½ xícara) - 2,2 g de fibra
Lentilha ( ½ xícara) - 3,7 g de fibra
Cenoura (½ xícara) - 2,3 g de fibra
Maçã (c/casca) - 3,5 g de fibra
Ervilha (½ xícara) - 4,7 g de fibra
Pêra (c/casca) - 3,1 g de fibra


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