O Facebook anunciou nesta quinta-feira (11) a maior modificação nos conteúdos da sua rede social dos últimos anos. Agora, o feed de notícias de cada usuário dará prioridade às publicações compartilhadas por familiares e amigos, deixando as de marcas, meios de comunicação e famosos em segundo plano.
Segundo o fundador e diretor-executivo do Facebook, Mark Zuckerberg, a intenção é maximizar a quantidade de conteúdo com "interação significativa" que as pessoas consomem. "Pesquisas mostram que fortalecer nossos relacionamentos melhoram nosso bem-estar e felicidade", disse ele, em comunicado.
A alteração irá afetar publicações, vídeos e fotos exibidos nos perfis dos mais de dois bilhões de usuários da rede social, e deve acontecer já nas próximas semanas. A medida foi divulgada após diversos testes realizados em seis países - entre eles Guatemala e Bolívia.
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"Recentemente tivemos um retorno de nossa comunidade de que conteúdo público - posts de empresas, marcas e mídia - está consumindo os momentos pessoais que nos levam a nos conectar mais uns com os outros", acrescentou Zuckerberg.
Para o fundador da rede social, as mudanças vão fazer o Facebook retornar às raízes, já que as pessoas terão a possibilidade de se manter conectadas e interagir entre si. "Construímos o Facebook para ajudar as pessoas a permanecerem conectadas e nos aproximaremos das pessoas que são importantes para nós. É por isso que sempre colocamos amigos e familiares no centro da experiência", explica.
Zuckerberg ainda reconhece que o tempo que os usuários gastam na rede social poderá diminuir, mas afirma que este terá um valor maior. "Por exemplo, há muitas comunidades fortemente unidas ao redor de programas de TV ou times esportivos. Vemos pessoas interagindo mais em relação a vídeos ao vivo do que aos comuns.
Algumas notícias ajudam a iniciar conversas sobre temas importantes. Mas com muita frequência hoje, assistir a um vídeo, ler notícias ou receber a atualização de uma página é apenas uma experiência passiva", ressalta Zuckerberg.
A novidade chega uma semana depois que o CEO da rede social anunciou que sua resolução de Ano Novo para 2018 seria se concentrar em problemas sistêmicos com o Facebook. "Nós sentimos uma responsabilidade para garantir que nossos serviços não sejam apenas divertidos de usar, mas também sejam bons para o bem-estar das pessoas", afirmou.
De acordo com ele, "o mundo se sente ansioso e dividido, e o Facebook tem muito trabalho a fazer - seja protegendo a nossa comunidade contra abusos e ódio, defendendo a interferência de estados-nação, ou assegurando que o tempo gasto no Facebook seja bem gasto".
Após o anúncio, as ações do Facebook caíram fortemente nesta sexta-feira (12). Por volta das 14h (horário de Brasília,) os papéis da rede social caíam 4,3%, para US$ 179,70. (ANSA)