Dos EUA
O Departamento de Estado americano pagará US$ 30 milhões ao informante que permitiu que suas tropas descobrissem esta semana o paradeiro dos filhos de Saddam Hussein, disse nesta sexta-feira um funcionário do governo que pediu para não ser identificado.
''Dado o critério que se aplicou neste caso, esperamos pagar o total da recompensa'', afirmou o funcionário, ao se referir aos US$ 15 milhões oferecidos por informações que levassem a cada um dos dois filhos do ex-líder iraquiano, Uday e Qusay.
A gratificação é 15 vezes maior do que a recompensa anterior paga pelo governo, em 1995, quando se ofereceu US$ 2 milhões pelos dados que levassem à captura do paquistanês Ramzi Yusef, condenado pelo atentado contra o World Trade Center de Nova York em 1993, disseram funcionários.
Mais cedo, o Departamento de Estado anunciou que o valor ainda não foi pago porque os documentos do Pentágono necessários para a entrega do dinheiro não estão prontos.
''Estamos trabalhando com eles para conseguir essa informação, assim terminamos este trâmite o mais rápido possível'', ressaltou o porta-voz do Departamento, Richard Boucher.
Quando o Pentágono entregar seu relatório com os detalhes do que aconteceu em Mossul - onde Uday e Qusay estavam - e a identificação do informante, uma comissão formadas por várias agências se reunirá para rever o caso, explicou Boucher, acrescentando que então o pagamento será autorizado pelo secretário de Estado dos EUA, Colin Powell.
As recompensas são administradas pelo Escritório de Segurança Diplomática do Departamento de Estado, por intermédio de seu programa ''Recompensas por Justiça'', criado há 19 anos para oferecer incentivos por informações que permitam prender e condenar terroristas.
Desde 1995, o programa já distribuiu mais de US$ 9,75 milhões por 24 casos, que levaram à prisão de terroristas ou ajudaram a prevenir atentados. Geralmente, o limite do valor é de US$ 5 milhões, mas o secretário de Estado tem autoridade para aumentá-las.
Os únicos grandes prêmios maiores que os de Uday e Qusay são os oferecidos pelo próprio Saddam e pelo terrorista, líder da rede Al Qaeda, Osama bin Laden, de US$ 25 milhões cada.