O presidente dos EUA, Barack Obama, e os chefes de governo de seus principais aliados europeus concordaram em impor novas sanções econômicas contra a Rússia por causa do suposto acordo de Moscou aos separatistas da Ucrânia. Obama teve uma teleconferência com a chanceler alemã, Angela Merkel, o presidente da França, François Hollande, e os primeiros-ministros do Reino Unido, David Cameron, e da Itália, Matteo Renzi.
"Os cinco chefes de Estado e de governo confirmaram que, nestas condições, pretendiam adotar novas medidas contra a Rússia", disse o gabinete de Hollande. As discussões acontecem em meio a uma retórica cada vez mais dura de funcionários do governo dos EUA contra o presidente da Rússia, Vladimir Putin, a quem acusam de responsabilidade pela queda do voo MH17, da Malaysia Airlines, com 298 pessoas a bordo, no leste da Ucrânia, no dia 17. As informações disponíveis até agora indicam que o avião foi derrubado por um míssil disparado pelos separatistas da região.
Segundo o comunicado do gabinete de Hollande, os dirigentes ocidentais "enfatizaram sua vigilância sobre o apoio militar direto que a Rússia poderia estar dando aos separatistas envolvidos em combates" e concordaram que Putin "não tomou medidas concretas para garantir o controle da fronteira Rússia-Ucrânia".
Em Berlim, um porta-voz de Merkel disse que os dirigentes ocidentais acreditam que a Rússia permitiu que armas continuassem a ser entregues para a Ucrânia mesmo depois da queda do avião da Malaysia Airlines. "Houve unanimidade de que as sanções devem pressionar a Rússia a não desestabilizar mais a Ucrânia e, em lugar disso, deve proceder na via diplomática para resolver a crise", afirmou o porta-voz.