Com o auxílio de três grandes guindastes, começa neste domingo a operação especial de desmontagem e retirada da grua, estrutura metálica com peso superior a 100 toneladas, que era utilizada na construção da futura estação Pinheiros, da Linha 4 Amarela do Metrô de São Paulo. No local, morreram pelo menos seis pessoas soterradas no desmoronamento ocorrido no último dia 12.
Segundo a informação dada pela assessoria de imprensa do Consórcio Via Amarela, que reúne cinco construtoras, a grua será desmontada manualmente por um operário que subirá até a ponta da haste metálica de 55 metros em uma gaiola movimentada por um dos três guindastes, de 220 toneladas.
Uma das partes da peça será amarrada em cabos de aço e terá seu peso e descida até o chão sustentados por outro guindaste de 500 toneladas. O mesmo procedimento será seguido para a retirada do restante da grua com a ajuda de um guindaste de 300 toneladas.
De acordo com o coordenador executivo da Defesa Civil, Adilson Alves, o equipamento sofreu leve inclinação e chegou "a causar preocupação com o risco de tombar" sobre uma das pistas da Marginal Pinheiros, rente à escavação do túnel, ou mesmo "com a ameaça de cair sobre residências".
O poço aberto para as obras tinha 40 metros e com o desabamento, o solo foi rasgado duplicando o tamanho do buraco. Após o trabalho de resgate das vítimas ao longo da última semana, encerrado ontem, a situação no local é bem mais tranqüila.
Embora tenha sido finalizada as buscas, não ficou totalmente descartada a hipótese de ser encontrada novas vítimas soterradas. Uma equipe de 22 homens e cães farejadores permanecem de prontidão no local, enquanto é realizado o serviço de terraplenagem e concretagem, atentos a qualquer indício que leve a mais um corpo.
Até agora continua sendo investigado pela Polícia Civil o caso do Office-boy Cícero Augustino da Silva, de 58 anos, que estaria desaparecido desde o dia do acidente.
De acordo com coronel Alves, na próxima segunda-feira deve ser feita uma reavaliação das condições das 55 casas interditadas para a averiguar a possibilidade de liberação de algumas delas. Os desalojados continuam hospedados em hotéis com todas as despesas pagas pelas construtoras.
Das Agências