O governo dos EUA e a União Europeia anunciaram novas sanções econômicas contra a Rússia, por causa do suposto apoio de Moscou a grupos separatistas da Ucrânia. Segundo o New York Times, as novas sanções dos EUA "vão significativamente além dos limites financeiros e de viagens impostos até agora a várias dezenas de indivíduos e suas empresas".
Entre as empresas russas que serão alvo das novas sanções norte-americanas estão Gazprombank, Novatek, Rosneft, VEB e algumas companhias do setor militar, entre elas a Kalashnikov.
Em Bruxelas, os chefes de governo dos países da União Europeia se reuniram e concordaram em expandir suas sanções de modo a incluir empresas russas e ucranianas que estariam contribuindo para desestabilizar a Ucrânia, um ex-integrante da extinta União Soviética onde os EUA e seus aliados europeus apoiaram um golpe de Estado em fevereiro.
Segundo um diplomata europeu, os líderes concordaram em congelar ativos de empresas que estejam apoiando "material ou financeiramente" os separatistas do leste da Ucrânia, região de maioria étnica e linguística russa. O diplomata disse que os governos europeus deverão decidir sobre os nomes das empresas que sofrerão sanções "nos próximos dias".
Pela manhã, a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), aliança militar criada em 1949 pelos EUA e seus aliados para confrontar Moscou, divulgou um documento no qual nega estar tentando "arrastar" a Ucrânia para sua esfera de influência.