O grupo jihadista Estado Islâmico (EI) libertou nesta sexta-feira (25) no Nordeste da Síria 25 reféns pertencentes a uma minoria étnica cristã, em troca de um resgate, informou o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH).
Os reféns libertados pertencem ao grupo de mais de 200 assírios raptados pelo Estado Islâmico no final de fevereiro na cidade de Tel Tamr e arredores, na província de Al Hasaka (Nordeste), anunciou a ONG.
A fonte não revelou o local exato onde os 25 assírios foram libertados nem a quantia envolvida para a libertação. No dia 9 de novembro os jihadistas tinham já libertado outros 25 assírios em Al Hasaka, após a Igreja assíria do leste ter concedido um resgate ao Estado Islâmico, que nos últimos meses também libertou alguns dos sequestrados assírios.
Al Hasaka é a zona onde se concentra a maioria dos assírios da Síria, uma minoria também presente no Iraque e Turquia. Antes do início do conflito no território sírio, em março de 2011, cerca de 200 mil assírios habitavam no país, mas o número foi reduzido para cerca de 15 mil a 20 mil, em particular devido ao êxodo das suas populações.
O seu idioma, o assírio, é uma mistura de acádio, uma antiga língua da Mesopotâmia, e de aramáico, que também se utiliza na liturgia. De confissão cristã, são seguidores das igrejas caldeia, siríaca ortodoxa (igreja ortodoxa jacobita) e assíria do leste.