Após passar pela segunda intervenção cirúrgica, o presidente do Timor Leste, José Ramos-Horta, está em condições estáveis. A informação é da chefe de gabinete do presidente, Natália Carrascalão, citando o último boletim médico. Ela afirmou que, por precaução, Ramos-Horta permanecerá em observação durante um ou dois dias na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) do Royal Darwin Hospital, em Darwin (Austrália) para onde foi transferido horas antes.
O ministro das Relações Exteriores do Timor Leste, Zacarias da Costa, disse que Ramos-Horta não foi induzido ao coma, destacando que o presidente "esteve sempre consciente". Ele afirmou, no entanto, que Horta perdeu cerca de oito litros de sangue, razão pela qual se encontra debilitado e impossibilitado de falar.
Ramos-Horta foi operado na noite deste domingo (10), num hospital militar em Díli, depois de ter sido atingido por tiros num ataque à sua casa. Ele foi transferido em seguida para um hospital de Darwin, a maior cidade australiana próxima do Timor Leste.
De acordo com informações da Agência Brasil, o ataque foi comandado pelo rival de Ramos-Horta, major Alfredo Reinado, que morreu ao trocar tiros com os seguranças do presidente. O chefe de Estado foi atingido no estômago. O primeiro-ministro do Timor Leste, Xanana Gusmão, também foi alvo de outro atentado, mas escapou ileso.