Os funcionários da Febem (Fundação Estadual do Bem-Estar do Menor) decidiram na noite de hoje, durante assembléia no Tatuapé, zona leste de SP, continuar a greve iniciada no início da semana passada motivada pela morte de um monitor dentro da unidade de Franco da Rocha, na Grande São Paulo.
Durante a tarde, uma reunião entre representantes da fundação e do sindicato da categoria terminou sem acordo. A direção da Febem teria pedido para que os funcionários voltassem ao trabalho, em troca, estudaria as reivindicações dos funcionários. Porém, o sindicato não aceitou.
O sindicato pede a contratação de mais funcionários, a diminuição do número de internos por unidade, aumento no número de material pedagógico além de policiamento intensivo nas unidades para aumentar a segurança.
Proposta
Na semana passada, o TRT julgou a paralisação não abusiva e determinou que a fundação apresentasse um plano de segurança emergencial para a unidade Franco da Rocha.
O plano foi enviado na última sexta-feira à Justiça, segundo a Febem (Fundação Estadual do Bem-Estar do Menor). Entre as propostas estão o aumento no número de vigilantes terceirizados, o deslocamento de 40 coordenadores de área de outras unidades para Franco da Rocha, reforço da segurança --com presença da Polícia Militar-- nos portões e guaritas e permanência da tropa de choque nas proximidades, para atuar em casos emergenciais.
Os funcionários disseram que essas propostas já foram feitas anteriormente e recusadas pela categoria.
Serviços
Segundo o sindicato da categoria, 90% dos trabalhadores de Franco da Rocha estão parados e 20% nas demais unidades. Estão suspensos os serviços pedagógicos e os internos ficam trancados nos alojamentos.
A Febem informou que os trabalhos em Franco da Rocha foram atingidos e há manifestações de funcionários nas unidades Raposo Tavares, Vila Maria 1 e 3 e Tatuapé.
Os funcionários disseram que não houve registro de tumulto. Apenas no Brás internos tentaram fazer uma rebelião, no último domingo, mas foram impedidos.
Informações Folha Online