Pelo menos 37 pessoas morreram e 181 ficaram feridas nesta quinta-feira (12) em um duplo atentado suicida em Beirute, no Bairro de Burch al-Barachne, uma das fortalezas do grupo xiita libanês Hezbollah.
Segundo a polícia libanesa, dois suicidas deslocaram-se a pé até perto da mesquita xiita do imã Al-Hussein e explodiram a carga que levavam presa aos respectivos corpos em frente a um centro comercial de Burch al-Barachne, nos subúrbios do Sul de Beirute.
A Cruz Vermelha informou que 37 pessoas morreram e 181 ficaram feridas nas explosões. Um fotógrafo da agência de notícias francesa AFP descreveu graves danos em edifícios próximos do local da explosão e cadáveres dentro de algumas lojas próximas.
De acordo com o fotógrafo, havia sangue nas ruas e as forças de segurança tentavam fechar a zona do crime, de modo a impedir a concentração de pessoas.
A explosão foi a primeira nos subúrbios de Beirute desde junho de 2014, quando uma viatura armadilhada matou um agente da segurança que tentava prender o homem-bomba.
Antes disso, uma série de ataques atingiu bases do Hezbollah em todo o país. Entre julho de 2013 e fevereiro de 2014 ocorreram nove ataques a zonas controladas pelo Hezbollah, a maioria dos quais reivindicada por extremistas sunitas.
Os grupos declararam que os ataques tinham sido uma vingança contra a decisão do Hezbollah, que enviou milhares de combatentes para a vizinha Síria, afim de apoiar as forças do presidente Bashar al-Assad contra a rebelião dominada pelos sunitas.
Estações de TV locais exibiram imagens de pessoas feridas sendo transportadas por serviços de emergência e por civis.
"Eu tinha acabado de chegar à zona das lojas quando ocorreru a explosão. Carreguei quatro cadáveres com minhas próprias mãos, três mulheres e um homem", disse Zein al-Abideen