Mundo

Doze brasileiros são presos por falsificar documentos

07 nov 2007 às 21:03

A polícia espanhola prendeu nesta quarta-feira (07) uma quadrilha de 12 brasileiros acusados de falsificação de documentos. Os suspeitos fabricavam carteiras de identidade e passaportes portugueses, italianos e espanhóis que eram vendidos a imigrantes brasileiros em toda a Europa.

Em três meses, os bandidos teriam lucrado pelo menos 60 mil euros (cerca de R$ 156 mil), segundo as estimativas da Unidade contra Redes de Imigração e Falsificação da polícia (UCRIF).


De acordo com as investigações, a quadrilha aliciava imigrantes em lugares públicos para oferecer documentos falsos, utilizando outros brasileiros como intermediários.


Com os serviços da quadrilha, um brasileiro poderia se legalizar na Espanha ao pagar cerca de R$ 1,6 mil por uma carteira de identidade européia, que era o documento mais barato da lista.


Por um passaporte falso, os falsários cobravam R$ 9,1 mil.


Operação simultânea - A quadrilha estava organizada na cidade de Valência (nordeste do país) e era comandada a partir da casa do casal Rodrigo M.P., de 27 anos, e Creusimar P.C., de 26 anos, ambos de São Paulo.


O casal levantou as suspeitas de um vendedor de material de informática, que deu uma pista aos policiais.


Segundo revelou uma fonte da polícia, Rodrigo comprava produtos caros com freqüência e há poucas semanas havia dado um sinal de R$ 4 mil para comprar uma impressora de alta definição no valor de R$ 19 mil.


Apesar de ter a base em Valência, a quadrilha operava também em Madri, Barcelona, Alicante, Castellón e Málaga, onde foram feitas as prisões.


Nas apreensões feitas de forma simultânea em todas as cidades, a polícia apreendeu mais de 50 objetos, entre os quais carimbos aduaneiros de entrada e saída dos aeroportos de Madri, Barcelona e Malpensa, em Milão, na Itália.


A polícia ainda encontrou carimbos que dão acesso livre ao Espaço Schengen, que compreende 15 países da União Européia.


A polícia ainda encontrou recibos de envios de dinheiro ao Brasil, 14 documentos já falsificados e 100 fotografias preparadas para futuras falsificações.

Se condenados, os acusados poderão pegar pelo menos seis anos de prisão pelos crimes de falsificação e promoção de imigração ilegal.


Continue lendo