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Documentos foram falsificados para justificar guerra, diz Blix

22 abr 2003 às 15:24

O chefe dos inspetores de desarmamento da ONU, Hans Blix, denunciou a falsificação de documentos para justificar a guerra no país. Blix fez a afirmação numa reunião, nesta terça-feira, com o Conselho de Segurança da organização, para falar do eventual retorno de sua equipe ao Iraque.

"Era surpreendente ver que uma parte tão importante dos documentos em que se basearam as capitais (Washington e Londres) para construir seu informe (contra o Iraque) não era sólida", declarou Blix .


"Há exemplos flagrantes", acrescentou o inspetor. "Ouvimos falar de um contrato entre o Iraque e Níger, da importação de 500 toneladas de urânio. Entretanto, quando a Aiea (Agência Internacional da Energia Atômica) conseguiu obter o contrato, não lhe foi muito difícil descobrir que era falso, que foi simplesmente falsificado", explicou Blix.


Também nesta terça-feira, a França anunciou seu apoio à suspensão das sanções econômicas impostas há 13 anos ao Iraque. O embaixador francês na Organização das Nações Unidas (ONU) propôs a suspensão imediata das sanções contra o Iraque e o fim gradual do programa petróleo por comida.


Embora todos os membros do Conselho de Segurança da ONU defendam o fim das sanções em algum momento, a medida está condicionada por resoluções passadas do Conselho de Segurança a uma certificação do desarmamento do Iraque, disse o embaixador francês Jean-Marc de la Sabliere.

O presidente dos EUA, George W. Bush, pediu na semana passada o fim imediato das sanções, agora que as forças lideradas pelos norte-americanos haviam derrubado o governo de Saddam Hussein. Washington, no entanto, ainda não apresentou essa proposta à ONU.


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