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Descendentes de quilombos serão reconhecidos, diz ministra

17 abr 2003 às 12:20

A ministra Matilde Ribeiro, da Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, afirmou nesta quinta-feira que as comunidades remanescentes de quilombos serão reconhecidas como patrimônio da história brasileira e que terão políticas direcionadas, tal como é feito para os índios.

Segundo ela, as repúblicas onde vivem os descendentes dos escravos fugitivos estão em precárias condições de vida, a situação de analfabetismo é grande, as doenças se proliferam com facilidade por causa das péssimas condições sanitárias e o nível de desemprego aumenta a cada dia.


Matilde Ribeiro enfatizou que o Brasil não pode deixar de reconhecer a riqueza histórica dos quilombos e disse que o primeiro passo é fazer um levantamento para saber o número exato de comunidades.


Um estudo feito pelo governo passado apontava duas mil repúblicas, enquanto o Movimento Nacional de Remanescentes de Quilombos afirma que são quatro mil comunidades espalhadas pelo país, sendo a concentração maior nas regiões Norte e Nordeste.


A ministra foi homenageada nesta quinta-feira, com um café da manhã, pela Organização Não-governamental Criola, que atua na defesa dos direitos da mulher negra.

O encontro reuniu as principais lideranças femininas negras do estado, que fizeram para a ministra um relato sobre os avanços e dificuldades da população negra nas áreas de saúde, trabalho, artes e política.


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