A ministra Matilde Ribeiro, da Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, afirmou nesta quinta-feira que as comunidades remanescentes de quilombos serão reconhecidas como patrimônio da história brasileira e que terão políticas direcionadas, tal como é feito para os índios.
Segundo ela, as repúblicas onde vivem os descendentes dos escravos fugitivos estão em precárias condições de vida, a situação de analfabetismo é grande, as doenças se proliferam com facilidade por causa das péssimas condições sanitárias e o nível de desemprego aumenta a cada dia.
Matilde Ribeiro enfatizou que o Brasil não pode deixar de reconhecer a riqueza histórica dos quilombos e disse que o primeiro passo é fazer um levantamento para saber o número exato de comunidades.
Um estudo feito pelo governo passado apontava duas mil repúblicas, enquanto o Movimento Nacional de Remanescentes de Quilombos afirma que são quatro mil comunidades espalhadas pelo país, sendo a concentração maior nas regiões Norte e Nordeste.
A ministra foi homenageada nesta quinta-feira, com um café da manhã, pela Organização Não-governamental Criola, que atua na defesa dos direitos da mulher negra.
O encontro reuniu as principais lideranças femininas negras do estado, que fizeram para a ministra um relato sobre os avanços e dificuldades da população negra nas áreas de saúde, trabalho, artes e política.