O deputado russo Pavel Antov, o mais rico entre os políticos da Duma, o Parlamento do país, morreu ao cair da sacada do terceiro andar de um hotel em Rayagada, na Índia, informa a mídia dos dois países nesta terça-feira (27).
O político do partido governista Rússia Unida estava no país para celebrar os 66 anos de idade, mas foi encontrado já sem vida por funcionários do estabelecimento "em um poça de sangue" no domingo (25) à noite.
A polícia indiana trabalha com a hipótese de suicídio e a imprensa do país repercute que ele teria se jogado do telhado. Ele deixa esposa e filha.
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Em junho deste ano, Antov criticou publicamente a guerra iniciada pelo presidente do país, Vladimir Putin, na Ucrânia, dizendo que isso era terrorismo. "Uma menina foi retirada dos escombros e o pai dela parece ter morrido também. Estão tentando tirar a mãe de lá com a ajuda de um guindaste. Para dizer a verdade, é muito difícil chamar isso de outra coisa que não seja terrorismo", afirmou em entrevista.
Após a declaração, Antov foi muito pressionado por aliados a retirar a declaração, o que fez pouco depois dizendo que a frase foi um "infeliz mal entendido" e que "sempre apoiou" Putin.
A morte de Antov, dono de uma gigantesca fábrica de salsichas e embutidos, ocorreu dois dias depois de outro falecimento próximo a ele. Vladimir Budanov, amigo que estava na Índia para participar da celebração de aniversário do político e empresário, foi encontrado morto no quarto do hotel com várias garrafas de vinho vazias próximas. Ele teria sofrido um "ataque cardíaco".
No entanto, já são mais de 10 os oligarcas russos que morreram em circunstâncias, no mínimo, intrigantes desde que a Rússia começou a atacar a Ucrânia em fevereiro deste ano. A coincidência é que todos eles fizeram críticas públicas à invasão do país.