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Corpo de brasileiro morto em Londres é liberado

07 mar 2007 às 18:17

O corpo de Acioli Pariz Júnior, morto em Londres no dia 14 de fevereiro, foi liberado pelos legistas que o examinaram na capital britânica. A decisão, que ainda não foi oficialmente informada à polícia de Londres, permitirá que a família do brasileiro faça o traslado do corpo ao Brasil.

O governo do Espírito Santo, Estado natal de Acioli, disse que pagará pelo transporte, que deve custar, nos cálculos da mãe, Benildes Altoé, entre R$ 8 mil e R$ 9 mil.


"A espera é terrível para a família", disse Benildes, de Jaguaré, onde mora a família de Acioli e onde deve ser realizado o enterro. "A angústia só vai acabar quando for feito o sepultamento."


Acioli Pariz Júnior, de 29 anos, foi morto a facadas em um quarto do hotel Westminster House, no centro de Londres.


'Legítima defesa' - Segundo novos detalhes do caso revelados à BBC Brasil pela promotoria, Roderick McDonald, o escocês de 51 anos que estava sendo formalmente acusado de assassinato, alegou ter matado Acioli "em legítima defesa". Se conseguisse comprovar a hipótese para o júri, ele seria absolvido da acusação.


Segundo a versão sustentada pela promotoria, Acioli e Roderick McDonald haviam mantido um relacionamento em Blackpool, onde o brasileiro havia morado até janeiro deste ano.


McDonald, um foragido da polícia escocesa que vivia e trabalhava na cidade por trás do nome falso de Craig, expressava a intenção de retomar o relacionamento, de acordo com a promotoria.


Mas Acioli já havia começado um namoro em Londres, segundo indícios reunidos pela polícia e confirmados por amigos da vítima.


McDonald admitiu que matou – acidentalmente, segundo ele – o brasileiro no dia 14 de fevereiro. Ele foi preso cinco dias depois na cidade de Brighton, no sul da Inglaterra.


No dia 27, ele foi encontrado morto em sua cela no bairro de Brixton, no sul de Londres. Sua morte foi considerada suicídio.


O ex-soldado de Edimburgo, conhecido como kinky killer (algo como "matador pervertido", traduzido livremente), cumpria pena de prisão perpétua por estrangular sua mulher, Elizabeth, em 1993.

A Justiça entendeu que McDonald cometeu o crime depois que a esposa se negou a fazer sexo com ele e um amante dele. McDonald era fugitivo, desde 2005, da prisão de Castle Huntly, perto de Dundee, na Escócia.


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