O corpo do ex-vice-presidente Aureliano Chaves será enterrado nesta quinta-feira na cidade de Itajubá (MG), a 420 quilômetros de Belo Horizonte, ao lado da esposa Minervina Sanches de Mendonça, que morreu no ano passado.
Aos 74 anos, o mineiro Aureliano Chaves morreu nesta quarta-feira, em Belo Horizonte. Na manhã desta quinta-feira, o corpo chegou a Três Pontas, cidade natal de Aureliano, onde foi realizada a missa de corpo presente na Igreja da Matriz.
Durante toda a noite, o corpo do ex-vice-presidente foi velado no Palácio da Liberdade - sede do governo mineiro.
Passaram por seu velório o ex-presidente da República e atual presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), que teve Aureliano como ministro das Minas e Energia, além do vice-presidente José Alencar e do ex-presidente e ex-governador mineiro Itamar Franco.
Aureliano Chaves morreu às 12h30 desta quarta-feira, por falência múltipla de órgãos. Ele estava internado desde o dia 14 de abril no hospital Socor, em Belo Horizonte, por causa de uma infecção pulmonar.
Aureliano sofria de diabetes e apresentava nos últimos dias insuficiência cardíaca e renal.
Vice-presidente do governo João Baptista Figueiredo (1979-85), o último do regime militar, Aureliano fez quase toda a sua carreira política durante o ciclo, iniciado em 1964.
Nesse período, foi também deputado federal e governador de Minas Gerais.
A primeira eleição que disputou foi em 1958, pela UDN. Em 1966, foi eleito deputado federal pela Arena, partido de sustentação do regime militar.
Dois anos depois, votou contra o pedido do governo militar para processar o deputado Márcio Moreira Alves, episódio que foi o estopim do AI-5.
Em 1981, assumiu a Presidência por 49 dias, enquanto Figueiredo se recuperava de um infarto.