A Coreia do Norte pode realizar, em breve, o teste mais potente da história no Oceano Pacífico de bomba de hidrogênio, segundo revelou o próprio ministro das Relações Exteriores de Pyongyang, Ri Yong-ho. Em entrevista à agência de notícias Yonhap, o chanceler afirmou que o teste seria uma resposta à ameaça lançada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de "destruir" a Coreia do Norte.
Na última terça-feira (19), ao discursar na Assembleia Geral das Nações Unidas, em Nova York, Trump pediu apoio dos países-membros da entidade para conter as ambições nucleares e militares da Coreia do Noite. O magnata afirmou que, em último caso, está disposto a "destruir" o país. "Poderia ser a detonação mais potente de bomba de hidrogênio já feita", disse Ri Yong-ho, que está em Nova York para seguir as reuniões da Assembleia da ONU.
Ele foi enviado pelo regime do ditador Kim Jong-un junto com uma delegação de cinco pessoas. Em território norte-coreano, o ditador, por sua vez, fez um pronunciamento histórico chamando Trump de "perturbado" e ressaltando que o republicano "pagará caro" pelas ameaças.
"Ele é um bandido canalha que quer brincar com fogo", criticou o ditador, pontuando que o magnata não tem capacidade de "ser chefe de Estado". Desde 2006, a Coreia do Norte fez seis testes nucleares, sendo que o último, em 3 de setembro deste ano, foi o mais potente da história e provocou até um terremoto na península.
A tensão entre EUA e Coreia do Norte aumentou com a eleição de Trump à Casa Branca. Regularmente, o regime de Pyongyang, que considera os EUA seu maior inimigo, realiza também testes de mísseis. Dois já cruzaram os céus do Japão. Nesta semana, após uma série de apelos dos EUA, a China decidiu reduzir suas transações financeiras e negócios com investidores norte-coreanos, aplicando as sanções aprovadas pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas. A China é um dos principais parceiros comerciais da Coreia do Norte.