Em meio a uma grave crise social e política que já deixou mais de 50 mortes, o Congresso do Peru rejeitou pela terceira vez a antecipação das eleições gerais para 2023 durante uma votação na noite desta quarta-feira (1º).
Por ser uma reforma constitucional, o texto precisava ter 87 votos a favor para ser aprovado diretamente ou 66 para poder ser submetido a uma consulta popular. No entanto, foram obtidos apenas 54 votos favoráveis e 68 contrários.
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A proposta rechaçada previa a realização do primeiro turno em dezembro deste ano e o segundo em fevereiro de 2024, com os novos membros dos poderes assumindo em 1º de abril de 2024.
Agora, há uma nova análise que será debatida nesta quinta-feira (2) e que pede eleições "imediatas" e uma consulta popular para criar uma Assembleia Constituinte.
O pleito já foi antecipado para abril de 2024 ao invés da data oficial em 2026 quando os protestos começaram, ainda em dezembro. No entanto, como as manifestações populares não cessam, os deputados e senadores debatem uma nova antecipação.
O Peru vive uma profunda crise política há mais de duas décadas, com todos os ex-presidentes ainda vivos presos por crimes cometidos durante os mandatos.
A nova onda de protestos ocorreu após o então mandatário, Pedro Castillo, tentar dar um golpe de Estado e ser destituído do poder em 7 de dezembro. No seu lugar, assumiu a vice, Dina Boluarte, mas a crise estava instaurada. A política é a sexta chefe de Estado a ocupar o cargo desde 2018.