A principal comandante da polícia metropolitana de Londres, responsável pela operação em que Jean Charles de Menezes foi morto, em 2005, negou nesta segunda-feira (22) ter dado ordens para atirar no brasileiro. Cressida Dick estava na sala de comando da Scotland Yard durante a perseguição ao brasileiro, coordenando à distância a ação dos policiais que suspeitavam que Jean fosse um terrorista e que o seguiram até a estação de metrô de Stockwell, no sul da capital britânica.
Em depoimento durante o julgamento das ações da polícia no caso, Cressida disse ter ordenado que os policiais armados que participaram da ação "parassem" Jean Charles – e acrescentou que, nos círculos policiais britânicos, o termo significa "deter" ou "confrontar".
"Minha previsão era de que os agentes armados confrontassem a pessoa que eu acreditava que fosse Nettletip (codinome do suspeito) e que essa confrontação fosse ser convencional... para evitar que ele fosse mais longe", disse. Acho que ele (Jean Charles) foi vítima das circunstâncias mais extraordinárias e terríveis.
Cressida, hoje vice-comissária adjunta da polícia de Londres, disse sentir muito pela morte do brasileiro. "É uma tragédia terrível que eu, e eu acho que toda a polícia metropolitana, lamentamos", afirmou.
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